Na última segunda-feira, 22 de novembro, comemorou-se o Dia do Músico. Mas, como aqui na Equipo nós acreditamos que “todo dia é dia de músico e música”, iremos celebrar esta data com uma série de entrevistas diárias com nossos endorsees. Confira a primeira delas, realizada com o músico Japinha, do CPM 22!
Equipo: Fale um pouco sobre sua carreira, como e quando começou. Teve alguma influência da família?
Japinha: Minha mãe é muito musical, já tocava acordeon e cantou sempre bem. Meus irmãos estudaram piano e meu avô, por parte de mãe, tocava um instrumento japonês chamado “Shemissen”. Comecei a me interessar por música desde muito pequeno, desde sempre. Mas resolvi estudar bateria aos nove anos de idade, fiz um curso por três anos em um conservatório e me formei.
Equipo: Qual foi o primeiro instrumento que aprendeu a tocar? Toca outros instrumentos?
Japinha: Bateria, com certeza. Hoje até brinco no violão, guitarra, baixo e piano. Mas tocar de verdade mesmo, só bateria, com intimidade.
Equipo: O que significa a música para você? Se não fosse músico, qual carreira gostaria de seguir? Tem formação acadêmica?
Japinha: A música é muito importante para mim, deixa e sempre deixou minha vida mais completa, harmonizada. Se não fosse músico, sempre andaria com a música ao meu lado. Mas talvez fosse médico, administrador ou professor. Sou formado em Administração e Sociologia.
Equipo: Como vê a carreira de músico hoje? Enfrentou alguma dificuldade ao longo da carreira?
Japinha: É uma carreira bonita. Com suas dificuldades, como todas as outras, mas as recompensas são maiores, em termos de vida, de satisfação do espírito. Dificuldades no começo existiram e ainda existem, mas fazem parte e dão mais graça quando realmente se quer viver de música, e com a música.
Equipo: Tem algum músico nacional ou internacional em que se espelha, admira?
Japinha: Admiro muito o João Barone, dos Paralamas do Sucesso e o Dave Grohl, dos Foo Fighters. Ambos bateristas e excelentes músicos, além de ótimas pessoas.
Equipo: Quais foram suas principais conquistas ao longo da carreira?
Japinha: Poder viver de música é a maior delas. Os prêmios sempre me agradaram também, mas são coisas momentâneas, passageiras. Inflam o ego, mas depois passam. O que vale mesmo é o presente, a forma como vivo hoje, muito grato por tudo que já consegui e pelo momento em que me encontro, trabalhando com música. E me divertindo muito também. Ter bons instrumentos, bons parceiros de banda e de trabalho são ótimas conquistas. Ter conhecido e me tornado amigo do Barone e do Dave Grohl foram ótimas conquistas.
Equipo: O que você considera fundamental para ser um bom profissional? Tem alguma “cartilha” que costuma seguir?
Japinha: Gosto de tentar comparecer sempre que for chamado ou convocado para qualquer show, evento ou participação. Isso me faz feliz e se estende aos outros. Ao mesmo tempo planto e colho, no campo da música e no campo pessoal. Ensaiar é bom, produzir é ótimo também. Mas curtir o que se faz é a melhor receita. O resto é consequência.
Equipo: Qual seu estilo musical preferido?
Japinha: Rock. Mas música em geral me agrada.
Equipo: O que gosta de fazer quando não está nos palcos?
Japinha: Amo ir ao cinema, conhecer bons restaurantes, namorar, jogar e assistir a jogos de futebol. Adoro praticar esportes que me fazem bem, como corrida, natação ou musculação. A Internet também me entretém bastante ultimamente.
Equipo: Tem alguma dica para quem está iniciando a carreira? O que considera fundamental para se manter na profissão e alcançar o sucesso?
Japinha: Pratiquem, curtam, façam shows mesmo que pequenos, para pouca gente. Para se manter na profissão, façam alguns bons contatos e boas amizades com músicos bacanas e bem dispostos. O sucesso é a felicidade, não as vitórias ou conquistas de destaque. Portanto, sejam felizes praticando e vivenciando a música – isso já é o melhor dos sucessos. Amar o que se tem.
*Japinha toca no CPM 22 e usa, exclusivamente, pratos SABIAN